terça-feira, abril 16, 2002

A maioria das pessoas se limita a criticar o ato dos homens e mulhere-bombas. Mas será que alguém já tentou se colocar no lugar dessas pessoas? Com a mais sincera das sinceridades: se eu fosse palestina, também tentaria revidar os ataques israelenses com atentados contra os civis mesmo, isso se pensar utilizando somente a emoção, só o ódio, o que, na minha opinião, acaba imperando nessas situações extremas. Utilizando a razão, o que seria mais razoável, eu atacaria militares e políticos, preferencialmente os últimos. É muito injusto. Eu não tenho natureza para suportar esse tipo de situação, não tenho natureza nem para tomar conhecimento das atrocidades que têm ocorrido.
Bem, existem judeus e judeus e também existem palestinos e palestinos. Há de se considerar que os judeus não são de todo 'os bandidos' e os palestinos não são de todo 'os mocinhos''. Mas a batalha é injusta, chegando até a ser imoral. E a única arma valiosa que os palestinos têm são suas próprias vidas que já estão comprometidas. Imagino o que deva passar pela cabeça dessas pessoas que cometem atentados: 'Isso não é vida, é sobrevida. Se for pra viver assim, é melhor morrer. Se for pra morrer é melhor morrer atacando o inimigo'. Pode ser diferente, mas me colocando na posição deles, seria esse o meu pensamento.
Lamento todas as mortes e justifico a minha tendência para um lado com o desequilibrio de chances e recursos na batalha, que, por sinal, nem deveria estar ocorrendo.
É triste, muito triste.
Foi um post baseado mais na emoção do que na razão. É esse o meu sentimento e eu queria exteriorizá-lo. Isso me mata por dentro.

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