sábado, novembro 26, 2011

Quantos homens já passaram por esse blog, por essa minha vida? Em duas páginas encontrei três e só vêm para cá os mais importantes.
Fui passar o tempo no shopping ontem à noite e aproveitei para fazer compras. Como há muito estou acima do peso (embora meu IMC permaneça no 29,9...rs), só entro em lojas de departamento. Não vou mais a marca nenhuma para ouvir da atendente: "só trabalhamos com a numeração até 42, senhora". Na loja de departamento, catei todos os Gs, GGs e 46 lindos que vi pela frente. Uns ficaram folgados, mas a grande maioria ou não coube ou ficou incômoda na minha silhueta redonda. Perdi a paciência, atravessei o shopping e fui em outra loja de departamentos, mas, dessa vez, estava em busca de roupas para malhar. Embora minha disciplina beire o zero, vou continuar tentando. "Keep walking..."
Há algum tempo, quase fui mãe. Interrompi. Não falei sobre isso aqui, mas falei com os amigos mais próximos. A gravidez foi dolorosa, interromper, nem tanto. Difícil foi descobrir que não quero ser mãe tão cedo (apesar de já ter 28 anos) e que o homem que me acompanha não me parece ser um bom pai. Nós não merecíamos aquela criança. Sou egoísta para dividir meu espaço, seja com um homem, seja com uma criança. Adoro ter meu tempo livre e minha liberdade de ir para onde quero, como quero e quando quero. Nesse fim de ano, quando duas amigas que são mães resolveram acertar algo para a virada, me vi diante de um problema. Não quero estar com elas, não por elas, mas porque sempre levam seus filhos, sempre tem muito barulho, correria e dar atenção a criança.
Amo minha sobrinha, uma pequena calminha e risonha. Amo sentar e passar hoooooooooooooras com ela. Não gostaria da obrigação de acordar todos os dias para cuidar dela, mas adoro me dispor para passar o máximo de horas na companhia mais gostosa do mundo.
Incomoda não ser bem recebida quando estou triste (já que sou sempre a mais feliz do casal), incomoda a ideia de ter filhos e incomoda, também, a indecisão dele quanto a ter filhos. Incomoda a sombra da ex-mulher, o jeito inseguro, a baixa auto-estima, os problemas para resolver-se profissionalmente. Incomoda ter que perguntar sobre tudo, ter que respeitar o jeito caseiro dele. Já incomoda a ideia de ter que passar por uma briga por causa do carnaval - e eu quero sair sem ele. Incomoda a dependência financeira da mãe, os bens que ficaram com a ex-mulher e a passividade diante de tudo isso. Incomoda que eu o ame, mas não me sinta segura perto dele. Sinto que, em qualquer momento difícil, pode dar um problema, ele se fechar e se afastar de mim.
Por mais que os planos de casamento existam, eu ainda insisto em atrasá-los. Como sempre foi...
Um dia, encontrei o homem da minha vida, como eu sonhava (apesar dos muitos defeitos). Noutro dia, isso é tudo uma ilusão, esse cara não vai me fazer feliz e, além de tudo, rola uma desconfiança muito desconfortável. Às vezes penso que não nasci para casar, mesmo já tendo juntado as roupas em um só guarda-roupa.