quinta-feira, agosto 25, 2005

"Eu, aflito e só. confuso e sem você por aqui. assim eu sonhei, mas isso eu não quis. que diferença? O dia se fez assim"

Esse trecho de música está passando pela minha cabeça agora. É tarde e eu poderia ir dormir sem escrever nada por aqui. Mas eu não posso. Três coisas me fazem sentir melhor: falar, escrever e receber um abraço sincero. Já falei, já recebi um abraço sincero, falta escrever. Faltava...

Falar sobre esse momento é, ao mesmo tempo, doloroso e revigorante. Enfim, se fez uma decisão para a mudança. Agora ou voltamos para o bem, ou terminamos (também para o bem).

Fui sincera, falei o que pensava, deixei meu adulto e minha criança sadia tomarem conta de mim. Escondi a vitimização da criança rebelde e mostrei que eu também tenho minha parcela de culpa.

Dei voz às vontades mais íntimas: ao meu desejo por amor, companheirismo e respeito. Falei que compreendo a impossibilidade de viver sempre com paixão, mas que estar ao lado de uma pessoa é questão de escolha. Falei que não consigo sr desonesta contigo e que, por isso, espero sua honestidade também.

Não somos e, espero, nunca seremos inimigos. Somos dois seres que se encontraram pela vida e que resolveram estar juntos. E esse "estar juntos" pode se prolongar por mais dias, meses, anos, ou não. Tenho me preparado para todas as possibilidades, por mais que a minha vontade seja a de correr para os teus braços, nesse momento.

Eu preciso reorganizar meus pensamentos, sentimentos e objetivos. Preciso dar lugar ao perdão. Precisamos avaliar se vale a pena continuar tentando. Precisamos escolher a sinceridade, como elemento sempre presente entre nós dois.

Tive a esperança de que você me ligasse, logo depois, mas, no fundo, sabia que isso não aconteceria. Passei bem perto de tua casa e vi a luz do teu quarto acesa. Ouvi o tocar do celular, mas logo percebi ser o ritmo da música. Senti um cheiro que poderia ser teu, mas você não estava por perto.

É difícil e confesso que não sei falar dos meus desejos, esperanças, vontades, medos com a propriedade devida.

Que tudo acabe bem...é o que eu espero!