sábado, janeiro 22, 2011

Acabou?
Ainda não.
E eu tenho mostrado que as marcas do namoro que terminou tragicamente ainda existem.
Sou sem entusiasmo, medrosa, sem sonhar.
Mas eu quero que isso prossiga. Quero, sim!

terça-feira, janeiro 18, 2011

Quando tudo e todos que foram vivos em mim, durante o ano de 2010, tiveram que morrer. Foi aí que você apareceu.
Não o considerava belo aos olhos. Inicialmente, desconfiei que tua escolha sexual não se encontraria com a minha, que tua preferência não era pelo gênero mulher (feminino parece-me tão impessoal). Era 30 de dezembro. 2010 se acabava e eu desejava que as ilusões construídas nesse período também se fossem.
Entre os dias 31 e 1º não nos encontramos. Mas eu falei de você. No dia seguinte ao que te conheci, comentei com entusiasmo. As perguntas que te fiz - e que só apareceram porque eu não tinha interesse - haviam me conduzido para descobrir quão interessante és. Mais velho, já foste casado, cozinhas bem, moraste na Europa. Tens belos olhos verdes, cabelo grosso, barba cerrada e uma serenidade que teus 35 anos de vida te deram.
No primeiro domingo de janeiro, a alegria de falar contigo através de uma dessas redes sociais que nos mantém ocupados com o desnecessário. Conversa, um cinema marcado, a troca de tortas. Demoramos a nos beijar, mas a conversa fluiu tão bem. Inicialmente, eu me encontrava entre os receosos. Parecia tão interessante, inteligente, mais velho, mais vivido, mais cheio de coragem. E eu babava.
Babei nossas conversas por muitos dias. Trocamos beijos, carinhos, carícias, falamos de teoria, sonhos. Tão iguais e tão diferentes. Sonhos de Europa (mais uma vez para ele, um início pra mim), não estar preso a lugares, viver intensidade, estudar, saber mais: artes, lugares, pessoas. Sua mania meticulosa não me cabe, não sou menina da cozinha, não tenho um senso estético tão apurado, não tens meu senso de humor - bem amplo, escrachado.
Já acabou.
Meu tchau. Triste tchau.

domingo, janeiro 16, 2011

2011 me trouxe você de presente. Dizendo que planejava ficar. Nunca demonstrou, na verdade. Mas talvez seja seu jeito.
Eu te deixei ir.
Nesse domingo, o primeiro de 2011 que eu não passo abraçada a você, sinto sua falta.