quinta-feira, agosto 04, 2011

Estava a pensar sobre quem sou como jornalista. Gosto de contar histórias. Sempre gostei. A sensação que tinha, quando criança, ao ver a expressão de surpresa na face das pessoas enquanto eu narrava o fato. Ah...isso me trazia alegria! A alegria de conseguir o que, hoje, eu conheço, no jargão profissional, como furo jornalístico. Eu havia chegado antes de todo mundo e tinha disseminado a notícia. Gosto de ver os fatos sendo contados de uma pessoa para outra, gosto de ver a notícia rolar solta. Mas tenho pavor da notícia sem responsabilidade. Talvez até por isso, não sei ser repórter, chegar na rua, insistir, perguntar, grudar, gritar, receber respostas grosseiras. Parece cômodo, mas é assim.