Esse blog servirá como um tipo de terapia, através dele vou tentar exorcizar todos os males que me atingem, sejam eles meus ou não.Vou conseguir?!Não sei.
sexta-feira, junho 28, 2002
Durante a monarquia francesa, os reis se empanturravam de chocolate, acreditando que o doce promovia um efeito fortificante. Antes das noites de orgia, Casanova saboreava uma barra de chocolate. Para resistir a um dia inteiro de caminhada, os astecas ingeriam uma bebida à base de cacau, denominada tchocolalt, que segundo eles tinha poderes divinos.
Essas e outras curiosidades a respeito desse doce irresistível permeiam a história. Poderes estranhos já foram delegados ao chocolate. Na corte espanhola ele era considerado o alimento do amor e o elixir da felicidade. E ainda hoje há quem acredite que essa iguaria seja mais do que uma simples sobremesa.
Chocolate provoca enxaqueca?
Há um quinto da população predisposta a ter enxaqueca quando comem uma grande quantidade de chocolate. Isso devido à elevada dose de açúcar do alimento e por causa da presença de substâncias vasodilatadoras na sua formulação. "Quem costuma ter enxaqueca deve consumir chocolate moderadamente e preferir os de melhor qualidade e maior concentração de cacau, como os franceses e belgas, e os de sabor amargo. Esses possuem um óleo essencial, o Ômega 3, de ação analgésica", esclarece o médico Alexandre Feldman, especialista em enxaqueca, de São Paulo.
Dá alergia? (eu tenho alergia a chocolate! Argh!)
É raro, mas isso pode acontecer em pessoas alérgicas a algum componente do chocolate, normalmente leite, conservantes, cacau ou corantes do recheio. "As reações mais comuns são as de pele", avisa o alergista e imunologista Fabio Castro, do Hospital das Clínicas, de São Paulo. Em seguida, estão os problemas digestivos, como diarréia e vômitos, e os respiratórios, como rinite e asma.
Deixa o sorriso amarelado?
O problema pode acontecer porque o chocolate possui pigmentos que acabam se depositando no tártaro dos dentes. "Escovar os dentes logo depois de comer o alimento impede esse acúmulo", ensina a dentista Elisa Russo, da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo. Outra recomendação é evitar chocolate durante tratamento de clareamento dentário e também nas 24 horas seguintes a uma restauração com resina. Nessas situações o dente fica suscetível a absorver pigmentos.
A versão diet é menos calórica?
Indicado para pessoas diabéticas, o chocolate diet costuma ser um pouco menos calórico do que o leite. Isso porque não contém açúcar. Mas, para dar consistência à massa, tem mais gordura do que o normal.
Provoca diarréia?
Se você comer muito chocolate de uma só vez pode ter diarréia sim. É que o estômago não consegue digerir todo o açúcar do alimento, e o intestino acaba arcando com parte da tarefa. Lá as bactérias da flora intestinal iniciam um processo de fermentação, gerando compostos estranhos. E, para dissolvê-los, o corpo manda água para o órgão. Nesse momento, é melhor ter um banheiro por perto.
Dá mais vontade de comer no inverno?
Nessa época do ano o organismo precisa de mais energia para manter sua temperatura, e os alimentos ricos em gordura (como o chocolate) são bons fornecedores. Ingeri-lo é uma maneira de enfrentar o frio.
Prejudica o estômago?
Altas doses de insulina (hormônio responsável por remover o açúcar do sangue) são produzidas no organismo quando se ingere chocolate puro de estômago vazio. E isso pode provocar sono, mau humor e preguiça. Para evitar os efeitos colaterais, prefira o chocolate misturado a cereais, como nas barras energéticas e biscoitos.
Protege o coração?
Estudos recentes mostram que a massa de cacau (ingrediente do chocolate ao leite e, principalmente, do amargo) contém agentes antioxidantes, os polifenóis , também presentes em frutas, sementes, vegetais e no vinho. Tais substâncias impedem o depósito de gordura na parede das artérias e diminuem a taxa de LDL (o colesterol ruim) no sangue, além de torná-lo mais fluido. O coração também é beneficiado pela teobromina presente no chocolate. "É uma substância estimulante que age não só no sistema nervoso central mas também sobre o sistema muscular, favorecendo assim o funcionamento do coração", revela o prof. Nelson H. Perzoa G., tecnólogo de alimentos da Universidade Estadual de Campinas (SP). Mesmo assim, não se deve exagerar na quantidade de chocolate, porque ele é um alimento rico em calorias, o que pode ocasionar ganho de peso e prejudicar o coração no futuro. "Em geral, recomendo a meus pacientes a ingestão de até 50 gramas de chocolate por dia", revela o cardiologista Ronaldo Leão Abud, do Instituto Paulista de Medicina Preventiva, de São Paulo.
Agiliza o raciocínio?
Esse é mesmo um bom alimento para o cérebro. Contém teobromina e tiramina, substâncias que estimulam os neurônios e que também estão presentes no café. Há quem carregue uma barra de chocolate na bolsa para saboreá-la em momentos que exigem raciocínio rápido. É bom lembrar que pessoas sensíveis podem desenvolver inquietação, distúrbios do sono e taquicardia.
Chocolate traz felicidade?
Aquela sensação de bem-estar que se sente enquanto um pedaço de chocolate derrete na boca não tem como única explicação o sabor delicioso do doce. "Ingredientes da massa de cacau são psicoativos e detonam certas reações químicas no cérebro", explica o neurologista Martin Pörtner, de Porto Alegre. Entre esses ingredientes está a pheniletilamina (PEA). Alguns estudos indicam que, quando estamos apaixonados, o cérebro é estimulado a produzir PEA. Entretanto, a desilusão amorosa provoca sua queda. Por isso, nesse momento é comum a pessoa abandonada devorar uma caixa de bombons para compensar a carência. A PEA age ainda estimulando a produção de serotonina no cérebro. O açúcar também faz isso. Conhecida como a molécula da felicidade, a serotonina atua numa área relacionada com as emoções, promovendo bem-estar e aliviando a tensão. Níveis abaixo do normal dessa substância podem detonar depressão, insônia e ansiedade. Isso explica porque pessoas que apresentam alguns distúrbios emocionais não costumam economizar na dose de chocolate e comem frequentemente mais de duas barras por dia ou uma quantidade exagerada de uma só vez. Nesses casos, é importante passar por uma investigação médica mais detalhada. Mas fique atenta: as sensações prazerosas acontecem principalmente quando ingerimos chocolate ao leite e amargo. O chocolate branco, por não conter massa de cacau, não promove todos esses efeitos positivos.
Detona acne?
É folclore a história de que provoca espinhas. Não existem estudos científicos que comprovem a relação entre a ingestão de chocolate e o aparecimento de acne. No entanto, isso acontece com algumas pessoas e os médicos garantem que essa é uma característica individual. Se você costuma ficar empipocada depois de abusar do chocolate, doces, refrigerantes e pratos mais gordurosos, é melhor controlar a gula e consultar um dermatologista de confiança, que vai indicar produtos e cuidados específicos para o seu tipo de pele.
Vale por um bifinho?
Devido à grande quantidade de calorias (são 500 em uma barra de 100 gramas), o chocolate é um alimento superenergético. Documentos espanhóis datados do século 16 relatam que os índios do México recorriam a uma taça de um líquido especial, escuro e amargo, feito de sementes de cacau, quando precisavam resistir a um dia inteiro de caminhada. Além do alto valor energético, o doce fornece boa dose de proteína, cálcio, sódio, potássio, vitamina E, fósforo e magnésio. "Mas não chega a valer por um bifinho porque fornece pequena quantidade de ferro", esclarece a nutricionista Alessandra Macedo, do Instituto do Coração, de São Paulo.
Chocolate vicia?
Algumas pessoas simplesmente não conseguem controlar o desejo por chocolate. Em entrevista à revista "Saúde", a nutricionista americana Kristen Bruinsma revelou que 15% dos homens e 40% das mulheres têm um comportamento de "chocólatra". Segundo ela, o doce provoca reações químicas no cérebro semelhantes às desencadeadas pelas drogas. "Na minha opinião, o chocolate é um alimento com uma pitada de droga", diz o neurologista Martin Pörtner, de Porto Alegre. Sabe-se, também, que certos componentes da massa de cacau aumentam as taxas de serotonina, uma substância cerebral relacionada ao bem-estar. E ele é rico em ingredientes como a teobromina e a tiramina, que funcionam como estimulantes. Mas os especialistas acreditam que a dependência só atinge pessoas predispostas, que têm débito de determinadas substâncias no sistema nervoso.
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