terça-feira, abril 30, 2002

Eu não acreditava nessa história de inferno astral, por sinal, eu nem sabia quando era que ocorria (um mês antes do aniversário). Mas estou começando a achar que isso possa ser verdade. Eu tava péssima ontem, tive umas 10 crises de chôro seguidas, depois de conversar um pouco com meu namorado, fui dormir, tava até melhor, mas ainda tava meio arrasada. Acordei ruinzinha, pensei até em não ir pra faculdade, já que meu emocional não estava ajudando muito. Mas tinha certeza que minha mãe não permitiria que eu ficasse em casa. Enfim, fui. Entrei no carro, na porta da garagem, depois de tirar o carro, disse a seu Agripino que não queria ir dirigindo. Ele, com seu jeitinho de boa pessoa-irritante, me respondeu: "Que nada Dona (eu), não tem esse negócio de não querer não (ele achou que eu tava com medo, mas na verdade eu tava muito angustiada, nervosa). Em nome de jesus, nada vai acontecer (esse jeito dele de achar que Deus nunca vai permitir que nada aconteça é muito irritante)". Eu, de besta, aceitei o que ele falou e continuei. Eu tava tentando entrar numa avenida movimentada daqui de Salvador (cujo nome, por acaso, é ACM...argh!), descendo uma ladeirinha bem devagar, cuidadosamente, quando deu uma brecha e eu ia sair, o carro morreu (juro que não lembro ou não sei se foi por minha culpa ou por causa do carro, eu apaguei isso da minha memória, acontece de apagar da minha memória situações de desespero) e uma moça que mora aqui no prédio foi e *pam* bateu no fundo do carro que eu tava dirigindo. Ahhhhh....eu não lembro de mais nada. Seu Agripino desceu e a moça (que, por sinal, é amiga da minha mãe) também desceu. Disse ela que o pedal escapuliu do pé dela. Graças a Deus nada aconteceu com os carros. Mas só o trauma que aquilo me provocou já valeu por tudo. Eu não consegui mais levar o carro, dei a S. Agripino que deve ter sentindo uma ponta de culpa.

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