quarta-feira, maio 29, 2002

Apesar de muito chato, às vezes meu irmão consegue ser atencioso e preocupado. No último dia 28, um colega de faculdade do meu irmão matou a namorada e tentou suicídio logo depois. Por fraqueza, na minha opinião. O motivo aparente chega a ser até banal. Ela terminou o namoro com ele na semana anterior, mas, no dia 28, ele acertou de encontrá-la para tentar reconciliação. Comprou um buquê de rosas vermelhas e foi encontrá-la na orla. Ele atirou no peito dela e depois fez outro disparo na sua própria cabeça. Isso tem sido assunto na cidade, até porque não se sabe o fim que terá o menino, que ainda está vivo, mas com poucas chances de sobreviver. Aqui tem a história mais detalhada.
Esse foi o segundo da sala do meu irmão a tentar suicídio por causa de namoro. No ano passado um outro fez o mesmo e ainda deixou um bilhete jogando toda a culpa na menina (imagino o peso que ela deve carregar!). Conversando com meu irmão ele falou: "Agora a gente tem que aprender a não enfrentar mais ninguém naquela sala, quem achou que esse cara fosse capaz de tal brutalidade? E se fosse diante de uma briga entre colegas por besteira?". Infelizmente eu tenho que concordar com isso. Não sei se é como Marília disse no seu blog, essas coisas sempre existiram dessa forma, desde que o mundo é mundo ou se as pessoas perderam o respeito umas pelas outras. Numa conclusão meio em cima, acho que é a junção dos dois. Sempre existiram esse tipo de tragédias, mas as pessoas também perderam o respeito pela vida do próximo, hoje se mata com muito mais freqüências e por motivos cada vez mais banais. Outra coisa que meu irmão disse: "Cuidado com a pessoa que você escolhe pra namorar". Realmente! Eles namoravam há um certo tempo. Meu irmão me contou que teve uma conversa com ele e que ele tinha dito que ambas famílias tinham terras e que iriam casar para juntá-las e crescer mais, não me parece, assim, um namorico de nada...eles tinham planos juntos. É difícil. Eu sempre tive medo das pessoas, sempre esperei tudo de todo mundo. Rafael até estranhou quando eu confessei que, mesmo depois de muita intimidade, eu ainda tinha disconfianças. Mas eu sou assim. Eu tenho medos, receios com todos, as pessoas são muito imprevisíveis!

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