quinta-feira, outubro 28, 2004

Não há uma razão. As coisas simplesmente estão ruins. Meu coração tá apertado. Meu estômago reclama. "É a honra", ela diz. "Han?". "O incômodo no estômago, é a honra". Mas o que minha honra reclama? O que eu reclamo? Não há resposta. As coisas simplesmente estão.
Talvez se eu levar as coisas menos a sério. Talvez se eu mudar meu modo de ver a vida. Talvez se eu perceber que as relações devem ser levadas de outra forma. Não sei. Tanto talvez! Talvez isso passe e nada mude, as coisas simplesmente se acertem...pq têm que se acertar ou pq eu me empenhe pra isso. Talvez isso se acabe, de forma trágica, com data marcada, em um dezembro do ano que corre.
E certezas? Quais eu tenho?! Nenhuma!
E isso tudo me atropela, me incomoda e tira o meu vigor. Juro que tenho tentado. Mas essa sou eu e, quase num desespero calado, canto "Eu não vou mudar não". Mas é um canto incompleto, falta o pedido: "Não vão embora daqui.(...)Não solta da minha mão".
Eu quero mudar tudo isso. Não quero continuar com esse aperto no peito, essa voz entalada, esse sorriso escondido e esse coração machucado. Eu quero poder gritar aos quatro cantos que o peso passou, que foi só um susto e as coisas voltaram ao seus devidos lugares.
Há quanto tempo não digo isso, hein? Vai fazer 2 meses já. Já pensei em tudo, em nada. Pode ser só uma coisa infundada. Ou não.
A cada dia, sinto mais vontade de ouvir meu coração. Será que é tudo em vão? Será que não passa de uma besteira de um coração velho, bobo e chato? Talvez.

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