quarta-feira, março 03, 2004

Poucas vezes uma ida ao médico me abateu tanto quanto a de hoje. De início as lembranças que vieram. A consulta foi no Centro Médico São Rafael, e minha mãe ficou internada 30 dias e acabou por falecer no Hospital São Rafael. Na sala de espera, tocava uma música que logo me lembrou um certo alguém de cabelo preto e branco. Doeu ouvir, senti vontade de chorar ali mesmo, na frente de todo mundo. Depois me encaminharam para fazer um eletrocardiograma e foi nesse exame que a médica detectou o problema que levou minha mãe à morte. Lembro como hoje, como a médica me olhou preocupada na hora. Durante o atendimento, o médico me perguntou sobre sentimentos. Tive que dizer todas as coisas marcantes que me aconteceram no último ano e isso não foi nada fácil.
Me senti tão só naquele momento. Tão desamparada. Nada como um bom colo e as palavras "Calma, tudo isso vai passar". Foi tão difícil perceber que eu posso ter algo no coração, que essas palpitações podem ser algo grave. Claro que pode não ser nada, mas o medo ainda incomoda. Tou abatida, muito abatida. E, pra piorar, não quero preocupar as pessoas que mais se importam comigo, tou levando tudo isso sozinha e com muito medo.
Quero um colo...

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