terça-feira, junho 18, 2002

Li uma coisa na Titia Rosa (já que ela me adotou como sobrinha) e fiquei pensando muito sobre o assunto durante quase todo o dia. Sei que não sou das melhores para falar sobre o assunto. Afinal, sou mestra em primeiras impressões e, às vezes, até em preconceito bobo. Mas acho que, experiências de outras pessoas que chegaram ao meu conhecimento, me dão uma certa base para falar sobre isso.
Apesar da péssima experiência que essa pessoa tenha tido lá em Portugal, ela não deveria generalizar, não pode estender o que aconteceu talvez numa família, ou até mais pessoas, para toda uma nação. Não é motivo para desprezar a riqueza do povo português somente por causa de uma experiência negativa. Tenho vários exemplos bem diferentes do que ocorreu com essa pessoa, citarei dois: Meus pais foram a Portugal há pouco tempo e foram muito bem tratados, muito bem recebidos e, além deles, tenho um amigo que se mudou para Portugal há 2 anos e ficou encantado com a receptividade desse povo (eles não são como os brasileiros, mas cada povo tem suas características), ele chegou até a comentar comigo por telefone: "Português adora brasileiro. Quando eu digo que sou brasileiro, eles abrem um sorriso e começam a falar sobre o meu país.".
É verdade que existem as piadinhas de mau gosto, mas onde não existe?! Quem nunca ouviu alguém falando que francês não gosta de tomar banho? Que argentino é metido a europeu? Dentre outras piadinhas infames que, quando levadas na brincadeira, não chegam a ofender. E, às vezes, são proferidas até sem pensar.
Acho que essa questão pode envolver dois pontos. Primeiro ponto, o de não saber (ou até não querer) aceitar brincadeiras. Mas isso pode ocorrer até entre brasileiros. Quantas vezes já não fizeram brincadeirinhas de mau gosto comigo e que acabaram me levando a extremos de atitudes? Tá, tá, tá...eu sei que eu sou meio estressada, mas isso pode acontecer com qualquer pessoa. O segundo ponto é a generalização. Eu bem sei como é difícil não estender uma atitude de alguns para todo o resto do grupo. Tive duas experiências pessoais sobre isso. Quando bati pé firme dizendo ser contrária a ofensiva militar dos EUA no Afeganistão em resposta ao ataque de 11 de setembro e acabei encontrando, num grande amigo estadunidense, uma posição contrária à minha. Foi difícil desvincular toda a imagem negativa que eu tenho daquele atitude da visão que eu deveria ter do meu amigo em particular, que muitas coisas boas já tinha feito por mim. Além dessa experiência, uma coisa que a Marília acabou me ensinando (acho até que sem saber), eu não posso achar que todos os israelenses são iguais ao covarde do Ariel Sharon. Então, meu ódio (pavor, repulsa) estão voltados ao governo de Israel e ao governo dos EUA e não a todo o povo israelita ou a todo o povo estadunidense.

Obs: Eu sei que tá meio confuso, porque nesse horário eu não consigo organizar muito bem os meus pensamentos...hehe (isso é natural). Mas acho que dá pra entender. E Rosa, roubei a bandirinha de Portugal que tá no seu blog. Tem algum problema? Se tiver, não se acanhe em falar, viu?

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