quarta-feira, maio 15, 2002

O dia das mães já passou, mas eu recebi algo nesse dia que espero nunca esquecer. Realmente me tocou profundamente, acho que grande parte das pessoas que convivem comigo não têm noção do que significa a maternidade para mim. SEMPRE foi um ideal meu, ser mãe. Quero estrutura tanto financeira quanto psicológica e quero oferecer estrutura aos meus filhos. Não quero ser uma mãe merreca, quero saber lidar com os meus filhos e quero que o pai deles seja da mesma forma. Parece longe demais isso, né?! Pois é. Eu sou muito nova, ainda vou completar 19 aninhos na semana que vem. Mas isso faz parte da minha realização como pessoa. Eu sei que essa minha posição não é por aceitar o 'destino que se oferece às mulheres' (ser Amélia), mas por paixão mesmo! Da mesma forma que algumas mulheres têm por ideal nunca casar para, assim, conseguirem realização e liberdade, eu quero ser mãe.
Já explicado o motivo de ter me tocado tanto, vamos ao que recebi:
Bem, foi um cartão que meu namorado, rafael, me envioul. Quem quiser ver, o cartão é esse aqui, mas o que me tocou mesmo foi o texto que ele escreveu e parte dele eu posso colocar aqui, foi o seguinte... 'Bem.. ainda não é essa a situação, afinal vc não está grávida(pode até parecer, mas não está). Mas retrata bem como vai ser. Afinal, não é todo mundo que consegue corujar o filho sem que sequer ele exista(até ver roupinha de nenên e preço vc vê!). Vc vai ser uma senhora mãe, viu?'
Ele não tem idéia do que isso significa para mim. É verdade, eu pareço meio grávida mesmo, estou imensa de gorda e assumo que adoooooooro parar na frente de lojas que vendem roupinhas para crianças, para ver o preço e as roupas. Uma vez foi até engraçado. Estávamos passeando no shopping, eu Vic e Cíntia, então, eu resolvi parar na frente de uma loja para ficar literalmente babando! Aí Vic virou pra mim e falou: "Vamos sair daqui, as pessoas estão achando que já estamos grávidas".
Isso é uma grande alegria para mim, já fui criticada várias vezes por acharem que eu estava aceitando o estigma de Amélia. Não, eu não quero ser Amélia, eu só quero ser mãe. E se eu quisesse ser Amélia, qual é o problema nisso? A opção é minha!

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