Dos 38 (anos)
E se eu te cuidar, menina? E se eu te der o meu melhor? E se
eu cuidar do teu cabelo, do teu corpo, dos seus óculos, do seu sorriso, da sua
aparência? E se eu te cuidar e amar?
E se eu te aceitar, menina? Com todas as suas características.
Com a inconstância, a inteligência, o exagero, a responsabilidade, o desleixo,
a adaptabilidade. Um bom e um ruim, menina, porque você é complexa, não é feita
só de defeitos.
E se eu me importar, menina? E se eu olhar pros teus
desejos, pros teus sonhos, te ajudar a construir teus planos. E se eu te der a
mão, menina? E se eu disser que tudo bem? Que tudo bem errar, que bom acertar,
que tudo está bem, tudo bem.
E se eu te ornar, menina? Se eu te der coisas boas e belas?
Se eu te colorir, te enfeitar? E se eu te ajudar a construir teus sonhos? E se
eu te ajudar a crescer, a ser bela e maior? E se? E se? E se eu te fizer você
mesma? E se eu te ajudar a estar confortável em ser você?
Vem, menina. Vem que eu te dou a coragem. Vem que eu te dou
o amor. Vem que eu te ajudo a encontrar a vontade, o caminho, o desejo. Vem,
menina. Vem.